O ser humano sempre viveu em meio a
injustiças, violências, miséria. Esses não são privilégios dos nossos dias.
E
o que faz as pessoas suportarem viver assim?
O
que torna a vida tão bonita, tão desejada, apesar disso tudo? Sem dúvida é o AMOR.
Através
da lente do amor, as pessoas enxergam um mundo mais florido, repleto de
possibilidades de dar certo. O amor é plenitude, é êxtase.
Quando
uma pessoa está amando ela se torna mais gentil, alegre, adquire um ar sonhador
e vive rindo à toa. O problema é que se o amor não for bem administrado, ele
pode levar a pessoa a atitudes “praticamente” ridículas.
É
justamente isso que tem feito muita gente resistir aos seus encantos. Há até os
que o desprezam totalmente, provavelmente por medo de se expor:
Acham
tudo muito embaraçoso e indesejável. Afinal, “quem” vai querer ficar pelos
cantos suspirando por alguém que a faz gaguejar e enrubescer quando está por perto.
Isso
sem contar os outros sintomas: mãos suando, coração “palpitando”, respiração
pesada, olhar pedido.
Caso
você vivencie, ou já tenha vivenciado estes sintomas, deve estar se
perguntando, mas e o que isso tem a ver com Química? TUDO, afinal, AMOR é QUÍMICA e vice-versa.
Todos
os sintomas descritos acima são causados por fluxo de substâncias químicas
fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão a
feniletilamina, a epinefrina (adrenalina), a norepinefrina (noradrenalina), a
dopamina, a serotonina, as endorfinas, oxitocina e a vasopressina.
A ação de algumas delas é muito
semelhante à ação dos narcóticos, o que explica, de certa forma, a oscilação
entre sentimentos contraditórios, como euforia e depressão, características
comuns a drogados e apaixonados.
A
ciência ainda não sabe explicar o que desencadeia o processo químico da paixão.
Sabe-se que, no momento em que surge o interesse por alguém, e este torna-se
mais intenso, o corpo imediatamente começou a produzir feniletilamina (PEA),
dando assim, início adelírio da paixão.
Como
acontece com toda a anfetamina, porém, com o passar do tempo o corpo vai se
acostumando e adquirindo resistência. Passa a necessitar de doses cada vez
maiores para provocar o mesmo frenesi do início. Após três ou quatro anos o
delírio da paixão já se esvaneceu por completo.
Nesse
estágio os amantes podem se separar.
Caso
suportem a falta de emoções intensas e decidirem continuar juntos, o cérebro,
passará a aumentar gradualmente a produção de endorfinas.
As
endorfinas atuam como calmante, são analgésicos naturais e proporcionam
sentimentos de segurança e tranquilidade.
A oxitocina também desempenham papel
importante em nossa vida amorosa. Trata-se de um hormônio produzido na hipófise
(uma glândula situada no cérebro), cujas funções principais são: sensibilizar
os nervos e simular contrações musculares (a secreção de oxitocina é que leva
ao climax no ato sexual). Além disso, esse hormônio estimula as contrações
uterinas da mulher durante o parto, leva à liberação de leite e parece que
induz as mães a acariciarem e a cheirarem seus bebês. Não é um amor?
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